544 Homens desviados

Hoje, domingo, 28-04-2024, pelas 11:00, de moto, fui a uma banca de carne assada que virou moda na cidade aos sábados, domingos e feriados, defronte a um supermercado aqui mesmo no setor onde moro para comprar uns pedaços de costela de vaca e frango assados.

Assim que cheguei, havia uma moça negra, de uns 20 e poucos anos de idade, bonita, solitária, sentada numa mesa saboreando um pedaço de costela assada. Segui para o supermercado onde comprei frutos de maracujás e bananas e dois sabonetes. Quando eu voltei, ela havia terminado a sua refeição e estava conversando com o churrasqueiro. Escolhi uns pedaços de costela e frango para levar para casa.

Eu lhe perguntei se o churrasqueiro era o seu pai. Ela me disse que Deus me livre, que era apenas conhecidos. Ouvi ela dizer para o churrasqueiro que é mãe de dois filhos e está desempregada. Que a sua vida está difícil, que mata um leão por dia para sobreviver.

Ela disse a mim: Cadê os homens desta cidade? Eu lhe respondi: Estão em suas tocas e só saem à noite para caçar. Ela me respondeu que a metade dos homens está desviada e usando drogas, e a outra metade está no meio do caminho. Pensei com os meus botões: Isso não é da minha conta, não vou entrar em detalhes. Acertei com o churrasqueiro a quantia de 53 reais e me despedi dela com um até mais!

Goiânia, 29-04-2024

(Do meu livro Minhas histórias, pequenos contos, em construção)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 30/04/2024
Reeditado em 30/04/2024
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