ÁS DO VOLANTE

O cara acelerou o seu carro tudo o que podia, sessenta, oitenta, cem, cento e cinquenta quilômetros por hora e o carro voava pelas ruas, ele se achava um piloto destemido, o tal de "piloto de fuga", acelerava e ia passando pelos outros carros como um raio, era o cara!

Sem noção alguma continuava sua aventura pela cidade, passou por um radar, nem ligou, acelerou até mais um pouco, outro radar e mais outro, multas e mais multas por excesso de velocidade iam chegar à sua casa nos próximos dias, "dane-se, o sistema!", gritou atrás do volante. Podia tudo!

Não via nada pela frente, só as ruas passando na velocidade do vento, o carro desenvolvia bem e nesse instante já havia chamado a atenção de muita gente, que veio para a rua assistir o seu show ao volante do carro esportivo caríssimo.

Mas numa curva um pouco mais fechada, empolgado que estava com o sucesso de seu delírio, tentou fazê-la do jeito que vinha, não conseguiu realizar a manobra e bateu de frente, com tudo, num poste, que caiu em cima do carro, deixando-o todo destruído. Pessoas sem energia elétrica começaram a xingar, transtorno para eles e apreensão para quem assistia ao pega, pois ele não saiu do carro. Chegou a ambulância do SAMU e constatou sua morte.

Nesse exato momento acordou, todo suado, assustado, verificou que estava bem, foi até a garagem e seu carro popular estava lá direitinho, voltou para a cama, ainda assustado, e dormiu... No dia seguinte desistiu de jogar na Mega Sena acumulada.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 30/04/2024
Código do texto: T8053089
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