Cinco horas da manhã

São cinco horas da manhã,

E o Sol ainda não apareceu,

Olhos sobre a janela louçã,

A vontade de café me deu,

Ouço o partir da locomotiva,

Uma névoa encobre a vida,

De quem cedo amanheceu.

Sei que o Sol logo irá raiar,

Na promessa dum lindo dia,

Eu, tão somente despertar,

Com pássaros em sintonia,

Motos ao longe rifam a rua,

No céu, ainda brilha a Lua,

Enamorada e vã companhia.

A Terra gira e rege o tempo,

Menos fugaz na madrugada,

Onde me faço pensamento,

Quase tudo e às vezes nada,

Digo: o amanhecer é divino...

Apenas quem badala o sino,

Sente prazer dessa jornada.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 27/04/2024
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T8051078
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