Para que?

Para que servem as ruas, as canções, as poesias,

se estou entre montanhas de lixo e hipocrisias?

Se estou só, perdido nesses mares de mentiras?

Penetro noites escuras, entre estrelas fugazes.

Deixo-me enveredar por amores, por metáforas,

por músicas difusas, esquecimentos e remorsos...

Para que seguir essa miragem difusa, esse fantasma?

Junto ao mar contemplo a vida, resignado, entre marolas.

JTNery
Enviado por JTNery em 23/04/2024
Código do texto: T8048177
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