Malditas mãos

Sinto um nó em minha garganta, que impede minha voz sair, eu preciso falar!

O desespero estremecendo meu corpo, a necessidade de contar como aquelas mãos grandes e ásperas percorreram meu corpo, como elas apertaram cada centímetro dele, meu corpo sendo tocado, aquelas mãos sujas, aquelas mãos miseráveis.

Aqueles toques me dão nojo, mas nojo de mim, me sinto suja! A necessidade de lavar meu corpo, eu não queria aquelas mãos em mim, a minha voz quer sair, eu preciso contar, eu preciso! Minha garganta dolorida com aquele enorme nó!

Eu não consigo contar, foi tudo culpa minha, se eu fosse alguém menos miserável isso não aconteceria, como eu fui permitir aquelas mãos, aquelas mãos não me soltavam, consigo senti-las mesmo após o acontecido, eu não consigo sair daquela lembrança, eu preciso sair disso! Mesmo em silêncio imploro por ajuda.

Lavo cada centímetro onde aquelas mãos passearam, com a esperança de que com a água, minha dor, minha mágoa, meu coração quebrado esqueçam, mas não importa o quanto eu lave, eu ainda consigo sentir aquelas mãos! Podem se passar dias, meses, anos, eu ainda sentirei aquelas mãos.

Os olhos do violador expressavam pura maldade e desejo, meu corpo pequeno e frágil, descobriu que por mais que eu busque afeto, eles apenas querem violar meu corpo.

Aquele que deveria me oferecer apoio, proteção e cuidado, escolheu se tornar meu pior pesadelo.

Ele foi embora, mas deixou uma menina traumatizada para trás, deitada em minha cama, lágrimas escorrendo em meu

rosto, mas sem nenhum barulho agonizo em agonia e sofrimento.

Minha alma gritando socorro já que minha voz é incapaz, eu desejava mudar tudo mas quando tive a chance, escolhi o silêncio.

Hemmy~

Onipresente
Enviado por Onipresente em 01/05/2024
Reeditado em 02/05/2024
Código do texto: T8053826
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.