Não sei o que dizer

Eu fiz uma brincadeira, como criança ingênua,
Não houve o entendimento, outros choraram...
As lágrimas censuraram o meu sentimento puro,
A ingenuidade da criança encolheu-se no meu peito...

A minha tristeza ficou aparente como chuva de verão,
Não houve compreensão, fui motivo de gargalhadas...
Os risos lacraram as janelas que você abriu,
Os dias de alegria esconderam-se na alma ferida...

Observei os céus em busca de sinais, não os encontrei.
Busquei uma direção no luar, a Lua não me deu.
Caminhos tortos em desertos salgados, miragens previsíveis,
Sobraram meus ossos espalhados pelas areias eternas...

Hoje vejo a travessura do infinito, é uma piada sem razão!
Esta é minha canção, paralelos intocáveis, páginas por escrever...
“Here is my heart, waiting for you!”
Devaneios que não consegui controlar, é assim meu viver...

E, por fim, a morte chegou... Mas os outros entenderam como vida.
Deixei este entendimento imperar, não importa o meu ser,
Ainda existe a ingenuidade encolhida,
Os dias de alegria por traz de janelas lacradas!

Sempre haverá os passeios no parque em tardes de primavera.