Meu ópio

O tempo escorre entre meus dedos

Somam-se as horas. 

E mais uma vez,  eu não sei a resposta de uma pergunta...

Mais um dia ou menos um dia?

A janela está  fechada.

O vento não entra mais sem permissão

Balançando a cortina de seda.

A rua movimentada não produz tanto barulho

Quanto aqui dentro.

O ar que circula é sempre o mesmo

Meu ópio.

Eu gostava de dias cinzas,  até todos eles se tornarem da mesma cor...

Dos dias onde o vento entrava e eu o sentia

Da paz aqui de dentro que circunscrevia o barulho de fora

De quando eu não havia adormecido para a vida

E ela se fazia de várias cores.

De quando caminhava com o tempo...

Certa estou que esses dias não voltam,  mas anseio para que se façam novos.

DFortes
Enviado por DFortes em 20/08/2017
Reeditado em 26/08/2017
Código do texto: T6089387
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