REFLEXOS DA MUSA - ( Book Name )

(...) Agora que estamos a sós

Sabes que ninguém pode te enganar

O que mostras é a mais dura realidade

Talvez uma alma...

Possa vestir-se com o breu da noite

E outrora com o magnífico brilho do sol

Mas em ti, nunca haverá uma real dualidade

Ainda que sejas a sombra da sombra

Na essência, ainda serás tu mesmo

Em um rio de águas cristalinas...

O teu olhar penetrante...

Encontra a pérola facilmente

Acredito que só os louco...

Seriam capazes de ti engana e ainda assim,

Lá no fundo mergulhados...

No abismo do abismo da loucura

Descobririam que teriam viajado

Nas asas da insanidade

Em ti podemos ver as marcas do tempo

Tu podes revelar a ferida cicatrizada...

Ou o sangue que jorra!

Da vaidade és amigo

Mas também pode ser desgosto

Quantas vezes o pó tenta te ludibriar

Inútil tentativa!

Chegará a hora...

De todos aceitarem os seus vincos

Na tristeza oculta de um quarto

A tudo tu assistes...

A melancolia de um coração em lamúria

Hoje se tornou ímpar, o que ontem era par

Muitos hão de perguntar

Quem será esse?!

Que rasga as nossas mascaras

Seria o Santo dos santos?!

Ele revela o belo e o feio,

Legitimados pela humanidade

E como seria o belo sem o feio?

Filosofias ao vento...

Amanhã ele ainda estará lá

A espera da tua próxima revelação

E o que o homem mais sonha,

É ter reflexos com sorrisos abertos

Espantando assim para sempre

A indesejável solidão.

_Fabio Ribeiro