N O M E I O

N O M E I O

São tantas horas, acordei

Depois de tanto dormir

Parei! É o meio do mundo

Do meu mundo

Onde eu sou único. Sou tudo

E brigo, mesmo confuso

Para não me tornar um moribundo

Porque te amo

E reclamo.

O meu coração

Já não aguenta o desejo

Do teu calor, do teu beijo.

E tua boca me dizendo não...

Mas teu corpo este sim

Não mente, se molha

A tua vista me olha

Nossos corpos se apertam

Enquanto teu olhar nos transforma

A minha mão nos transporta

E a tua antes não se comporta

Então o nosso mundo se deforma

E eu ali parado: no meio da cama

No meio do quarto, no meio da mente

No meio do mundo e, meio confuso

Eu tive teu corpo, num devaneio

Parado ali: no meio do mundo

No meio do nada!

Alvesombrinha
Enviado por Alvesombrinha em 01/04/2017
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