N O M E I O
N O M E I O
São tantas horas, acordei
Depois de tanto dormir
Parei! É o meio do mundo
Do meu mundo
Onde eu sou único. Sou tudo
E brigo, mesmo confuso
Para não me tornar um moribundo
Porque te amo
E reclamo.
O meu coração
Já não aguenta o desejo
Do teu calor, do teu beijo.
E tua boca me dizendo não...
Mas teu corpo este sim
Não mente, se molha
A tua vista me olha
Nossos corpos se apertam
Enquanto teu olhar nos transforma
A minha mão nos transporta
E a tua antes não se comporta
Então o nosso mundo se deforma
E eu ali parado: no meio da cama
No meio do quarto, no meio da mente
No meio do mundo e, meio confuso
Eu tive teu corpo, num devaneio
Parado ali: no meio do mundo
No meio do nada!