Que dor é essa?

Que dor é essa?

Dor que passa

Mas, antes,

destrói e arrasta

Essa dor, que parece infantil,

Machucou e ninguém viu

Falar desta dor já não basta

Em minha arquitetura ela é pilastra

Vou escrever um diário

Vou contar sobre essa dor

A física é visível

Mas a outra me causa estertor

Dor da alma

Dor da vida

Dor fantasiada

Não fingida

Ansiando por não ter

Sufocando sem perceber

Disparando a me perder

Ou ficando para ver

Tenho dores como tu

Não me olhes mais assim

Tenho ódios e rancores

Talvez causas destas dores

Olha aqui,

Preste atenção!

Sou loucura

Sou razão

Vou encerrar esse poema

Talvez nem tenha valido a pena

Estou, aqui, a me queixar

Já não sei mais contemplar

Eduardo Silveira de Menezes
Enviado por Eduardo Silveira de Menezes em 29/04/2024
Código do texto: T8052333
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