Sopro

A visão inexplicavelmente embaçou

E de súbito nem peitei a razão

Mas por que o peito ressoou

Se não houve sequer colisão?

Senti um vendaval interno

Que soprou meu coração em pedaço

Rearranjando cantigas do inverno

Pra caber no espaço de um abraço

E lentamente viestes como nuvem

Pós-chuva e de um fino trato

Para azular-me como doce miragem

Vertigem... Palpitação... Encontro

Não sei em que ponto exato

Tudo isso causou-me assombro

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17/12/19

Gisely Poetry
Enviado por Gisely Poetry em 04/01/2020
Código do texto: T6833983
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