chuva no sertão

O sertão está em festa, é despedida do verão

O sapo brota da terra, voa baixo o gavião

O raio despenca do céu, queimando a catingueira

O lambú da um piado corre a raposa matreira

Da chuva forte que cai, enchendo o cacimbão

Onde a Gia verdadeira, canta fazendo papão

E o campina canta muito, no galho do jenipapo

Dando açoites repicados, que anima o coração

Lá no recanto da serra, desce o riacho gemendo

A água chega com força, transbordando o rebentão

A passarada se espanta, com o tinido do canção

E o Céu da um pipoco, é o grito do trovão

Lá no meio da caatinga, se esconde um formigueiro

O vento forte balança, um pé de mandacaru

E nas folhas morta no chão, pula um sapo cururu

E a chuva renova a vida, das folhas do mulungu.

Alexandre Tito
Enviado por Alexandre Tito em 30/04/2024
Reeditado em 30/04/2024
Código do texto: T8053287
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