ROSA 4 ASAS DA JUVENTUDE

Sempre ao acordar, lamento mais um dia,

Que farei tudo além dos meus limites.

Mas nada dará certo, nem meus palpites,

Já lutei tanto contra essa velha agonia.

Quero dinheiro, amor e vícios, ironia.

Da mulher amada, espero um convite.

Já caminhei certo, fiz trambiques,

Entre o futuro e o passado, nostalgia.

Da escola, onde não aproveitei os estudos,

Das mulheres que, por vaidade, conquistei,

Das noites em claro, onde em álcool viciei.

Do frio no estômago, quando fugi de casa,

Dos lugares e pessoas que foram meu escudo,

Da liberdade de ser sozinho e ter asas.