“FALSETA”

Para quem eu tinha como toda pia

E ela dizia sempre que me amava.

À socapa com outro se encontrava

E, se não me amasse, o que faria?

Eu te amo, era a oração que orava!

Eu te quero! Eu era o que ela queria?

Fala mendaz. Levando as taras lá ia

Ela às taras que o outro lhe carcava.

Ele com perto de mão, larga risada,

É cordeiro falso, lobo por camarada.

E ela ao meu lado aviltante, fingida,

Cúmplice, parceira, da vil baldroca

E eu era o lerdo… Desse troca troca:

Se eu não estava, ela dele era tida.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 04/05/2024
Reeditado em 05/05/2024
Código do texto: T8056438
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