A Serenata
Debaixo da sacada enluarada,
Tocando um violão enfeitiçado,
Cantava o seresteiro enamorado,
Honrando a desejada namorada.
A musa da amorosa madrugada,
Donzela igual a Rosa do Cerrado,
Xingou o juvenil de "muito gado",
Zangada por ter sido despertada.
O amante, sem saber o que fazer,
Tentou deter seu doce sofrimento:
Pensou que era melhor ali morrer
Do que viver o azedo sentimento.
A Morte proibiu seu mal-querer.
A Vida permitiu seu vício bento.